Blog
Trazer leveza e um novo olhar à questão mais angustiante de nossa condição humana: a morte. Resgatar história, preservar memórias. Esse é o propósito do BioParque!
Guiado pelo cuidado e empenhado em promover constantes melhorias, o BioParque preza por submeter seus serviços a frequentes avaliações.
No que diz respeito às questões ambientais e ecológicas que permeiam as propostas do empreendimento, o BioParque sempre esteve respaldado por instituições que são reconhecidamente referências na área, como a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a qual chancela cientificamente a área ambiental. Porém, pressentíamos a necessidade de uma avaliação técnica de profissionais do meio acadêmico e hospitalar, envolvidos com cuidados paliativos e com o amparo às famílias. Nesse intuito, no segundo semestre do ano de 2019, realizamos junto a profissionais da área de saúde – psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e médicos – uma análise técnica dos serviços disponibilizados às famílias.
Os resultados obtidos nessa avaliação trouxeram orgulho e tranquilidade a toda a equipe do BioParque, assim como a certeza de que estamos no caminho certo. O BioParque realmente tem alcançado o seu propósito: Trazer leveza e um novo olhar a questão mais angustiante de nossa condição humana: a morte. Resgatar histórias e preservar memórias.
As palavras transcritas, a seguir, da profissional Graziella Eugênio Tocafundo, enfermeira e especialista em cuidados paliativos, reafirmam essa constatação.
MT
LEVEZA
Graziella Tocafundo
LEVEZA… Acredito que essa seria a palavra que mais expressa a proposta do BioParque. Em poucos trabalhos consegui observar tamanho cuidado e capricho. Cada ponto possui uma preocupação única e todos se tornam de uma importância sem igual. Hoje observamos que com os avanços tecnológicos na área da saúde, a longevidade tornou-se uma realidade, porém doenças mortais hoje se tornaram crônicas. A sociedade passa por uma mudança brusca em paradigmas em que a qualidade de vida é a prioridade e a morte torna-se uma inimiga. Viver para sempre é o desafio, mas essa grande vilã é necessária e de certa forma, saudável. O pensamento de afastar essa realidade é comum e temida pela grande maioria dos indivíduos. Alguns nunca pensaram ou não ousam fantasiar essa hipótese, talvez pela errônea possibilidade da tão sonhada imortalidade, outrora pregada pelos devaneios tecnológicos. Diante da realidade palpável e visível da morte, o ser humano se vê forçado a pousar novamente a realidade da imutabilidade da natureza e necessita a retomar o pensamento da finitude. Devido ao estrago feito pela possibilidade do viver para sempre, as pessoas cada vez mais sofrem e se vêm adoecidos quando a morte bate a porta e adentra a vida sem pedir licença. Diante desse adoecimento velado, frentes de ações para tornar esse processo mais digerível são necessárias. A ressignificação do processo de perda de um ente é necessário, mas, jamais deve ser vista como a possibilidade de preencher um vazio e dar nome a dor, mas sim promover lembranças saudáveis e significativas aos que ficam.
Na proposta do BioParque, a árvore possui a conotação de grandeza, longevidade, conforto e abrigo e de representar de forma extremante assertiva a ressignificar o processo de perda.
O BioParque em seu propósito cita a “leveza” como sendo a primeira palavra a ser salientada, de forma que, a partir da experiência proposta se modifiquem os sentimentos dos que ficam, possibilitando um sentido durante a existência e um repensar no propósito de vida individual.
Um envelhecimento sadio e bem sucedido é o espelho do que vivemos hoje, do quanto a nossa vida deve ser pautada na sabedoria dos legados que nos foi deixado e que deve ser honrados a partir do ressignificado do que nos foi concedido por nossos antecedentes. Acreditar que possuímos um motivo para estarmos aqui, e que a cada dia vivido deve ser valorizado. O legado deve ser construído dia a dia, com exemplos de caráter. Falar abertamente sobre a morte e da possibilidade de como ser lembrado é uma necessidade e deve ser trabalhada através das nossas escolhas e do que estamos deixando para o mundo. A reflexão de que como somos fisicamente e de como gostaríamos de ser lembrados pode ser o que define a forma de vivermos melhor.
Em suma, acredito piamente que a estratégia de promover a lembrança através da representatividade que o BioParque proporciona, é uma iniciativa quase terapêutica de forma a favorecer a possibilidade de tornar a separação promovida pela lei natural da morte mais leve. Enfim…LEVEZA.
Graziella Eugênio Tocafundo. Enfermeira, especialista em Cuidados Paliativos
Graziela, em seu texto, salienta a importância de preservar as histórias daqueles que se foram. Nesse sentido, o BioParque desenvolveu uma plataforma moderna, interativa e intuitiva para que as famílias possam elaborar um livro memorial digital. Na plataforma, as famílias redigem, editam, publicam e compartilham textos e imagens para construir e registrar o memorial de seu homenageado.
A plataforma apresenta páginas e sessões específicas, nas quais podem ser registradas: árvore genealógica, dados pessoais, linha do tempo das diferentes fases da vida – da infância à maturidade (se for o caso), o legado ou seja, o quê de mais significativo seu homenageado deixou para os seus. Conta também com espaços para inserção de fotos, vídeos, música, poesias, depoimentos, mensagens. Ainda, na plataforma, uma sessão intitulada “Rede Social” permite que você envie mensagens para os contatos cadastrados na lista de amigos, disponibilizada na plataforma.
Com tecnologia avançada, de maneira leve e interativa, o legado do homenageado é construído por meio da plataforma BioParque, eternizando as boas memórias.