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CREMAÇÃO: UMA TENDÊNCIA MUNDIAL
Quando buscamos informações sobre o processo de cremação percebemos que, cada vez mais, essa prática funerária tem deixado de ser vista como um tabu e se tornado bem mais frequente e usual em quase todas as regiões do planeta.
Em textos anteriores, postados neste blog, apresentamos o processo de cremação e discorremos sobre essa prática de destinação de corpos sobre vários aspectos. Abordamos a cremação sob a perspectiva: histórica, religiosa, cultural, legal, econômica, ambiental e, fica cada vez mais evidente que, a cremação é uma tendência mundial. A cremação parece ser, realmente, o processo mais adequado para se destinar aos corpos dos mortos, em tempos atuais e mais ainda em um futuro próximo.
Na cultura brasileira a cremação tem se tornado uma prática bastante presente entre as famílias. Segundo dados do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep) em 2013, apenas 32 crematórios estavam em funcionamento no Brasil, passando em 2017 para 132, representando crescimento de 312%. Este crescimento faz o setor funerário ser responsável pelo emprego direto de aproximadamente 50 mil pessoas no país.
Mas, apesar de detectarmos todo esse crescimento nos últimos anos no Brasil, os números ainda são baixos se comparados com outros países, como China e Japão, por exemplo, que chegam a quase 100% dos corpos cremados. Na América do Sul, a Colômbia apresenta uma taxa de cremação de 75%.
O gráfico a seguir, cuja fonte é a da revista Revista Interativa publicada em 3 de fevereiro de 2020, apresenta o número de crematórios existentes em alguns países do mundo.
O grifo *, na coluna que apresenta o número de crematórios no Brasil, chama a atenção para o fato de que alguns desses crematórios ainda estavam em processo de autorização na época de publicação da reportagem.
Como se pode verificar, a cremação tem sido cada vez mais procurada pela população em todo mundo. No Brasil, o número de crematórios cresceu bastante nos últimos anos, seguindo a tendência mundial.
Apesar da aparência moderna, a cremação é uma tradição de quase 3 mil anos e dados históricos revelam que, em sua origem, essa prática foi adotada primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo.
Pelo fato do Brasil ser um país majoritariamente católico, o primeiro crematório brasileiro surgiu em São Paulo, apenas na década de 1970 em consequência do consentimento desta prática, pela igreja católica, em 1963. Mais recentemente a Congregação para a Doutrina da Fé, divulgou novas orientações aos fiéis, por meio de um documento assinado pelo papa Francisco, Essas orientações da igreja focam na na destinação final das cinzas. como objetivo de se evitar qualquer “mal-entendido panteísta, naturalista ou niilista”.
Para a Igreja, a conservação das cinzas em um lugar sagrado, apropriado, idealizado e construído com objetivo de se destinar às cinzas resultantes da cremação, ajuda a reduzir o risco de afastar os mortos da oração e a necessidade de perpetuar suas lembranças. Desta forma, evita-se a possibilidade de esquecimento, desrespeito e maus-tratos, bem como práticas inconvenientes, inadequadas ou supersticiosas.
Entre as vantagens de se optar pela cremação destacam-se; a economia na comparação com um sepultamento tradicional; a preocupação com o meio ambiente e as quetões relativas à ocupação e uso do solo.
O crescimento da população tem gerado pressões nos centros urbanos, demandando medidas em vários setores e, em especial, o setor funerário tem sido bastante pressionado. Em tempos de pandemia isso se evidenciou de forma impactante.
É fato que o crescimento populacional se apresenta como fator decisivo na escolha pela cremação. A tendência é que em um futuro próximo, o sepultamento em cemitérios seja inviável por falta de espaço. Sendo assim, a cremação se torna a opção mais moderna e racional.
Legalmente falando, cada país apresenta uma legislação orientando a cremação e, a partir dessas orientações, os estados e os municípios criam suas leis municipais em relação ao processo.
E foi também baseado na legislação brasileira que as pessoas podem, hoje, contar com protocolos que orientam a realização do processo de cremação. Esses protocolos serão apresentados em nossa próxima postagem.
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