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CREMAÇÃO, UM PROCESSO A SER CONSIDERADO

Categoria Cremação

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CREMAÇÃO, UM PROCESSO A SER CONSIDERADO

Falar sobre morte sempre foi um tabu, principalmente no mundo ocidental. Por um lado, essa conduta é bastante compreensível, considerando que, falar de morte nos remete à reflexões sobre nossa própria, temida e inevitável finitude.

Infelizmente, nos tempos atuais, com a pandemia, os conflitos sociais e as catástrofes ambientais, consequentes ou não de ações antrópicas, esse tema tem nos “rondado” lastimavelmente com grande frequência. Tudo isso deu espaço à discussão sobre as escolhas possíveis a fazer, como a de que destino dar ao corpo após a morte.

Assim o processo de cremação se fez mais conhecido das pessoas que passaram a refletir sobre que opção escolher:  ser enterrado ou cremado após a morte?

Com a crescente e necessária preocupação em preservar o meio ambiente e adotar, cada vez mais, posturas ecológicas, a cremação passou a ser um tema frequente em discussões sociais e veiculados em diferentes meios de comunicação. Não é raro assistirmos rituais funerários retratados em filmes em que os sepultamentos são as práticas mais representadas. No entanto, hoje, podemos verificar a cremação marcando significativa presença nesses rituais. É público e notório os problemas ambientais que o mundo todo vem enfrentando.

A sobrevivência da vultosa população mundial tem gerado um alto custo ao nosso planeta. Nossa pegada ecológica tem sido muito impactante, para não dizer desastrosa. Mesmo aqueles que vivem de forma “sustentável” deixam uma “pegada” no planeta. As atividades industriais, comerciais, as atividades cotidianas em nossas casas, tudo isso gera impactos contínuos no ambiente. A nossa existência tem um custo ambiental e não existe uma forma humana de viver 100% sustentável.

E com os cemitérios, não é diferente. Eles também podem trazer riscos ao ambiente e gerar problemas de ocupação e uso de solo; de poluição de água e problemas sanitários.

É necessário monitorar a qualidade física, química e biológica do aquífero freático na área interna e externa dos cemitérios para identificar quais os impactos que estão sendo causados pelo seu funcionamento na localidade”,

(Fernando Saraiva- IGEOC-USP)

 O Conama – Conselho Nacional de Meio Ambiente – é que regulamenta o licenciamento ambiental dos cemitérios.  Entre as regulamentações estão a exigência de sepulturas com distância mínima de um metro e meio acima do nível mais alto dos lençóis freáticos, além do uso de materiais que impeçam a passagem de gases para os locais de circulação de pessoas. 

Os cemitérios particulares, em especial os mais modernos, conseguem atender com mais efetividade às normas, enquanto os cemitérios públicos, principalmente aqueles mais antigos, muitas vezes, não cumprem todas as normas especificadas pelo Conama. Por isso, hoje existe um movimento no sentido de privilegiar a cremação.

Algumas questões sobre a cremação podem explicar porque essa prática é mais ecológica.

  • A cremação gera menos impacto ao meio ambiente?

Se a decomposição de um corpo pode contaminar os lençóis freáticos e deixar, também, substâncias poluentes nos solos, a cremação é um processo considerado limpo. Nesse processo são utilizados filtros adequados que evitam a poluição do ar. Ao mesmo tempo, a cremação dispensa a ocupação de espaços físicos e evita possíveis problemas sanitários. As cinzas, que são compostas de minerais não poluentes, contribuem para a fertilização do solo. O corpo quando carbonizado libera apenas água e gás carbônico em pouca quantidade. Os demais resíduos tóxicos resultantes da cremação são retidos pelos filtros de ar.

  •  Como as religiões lidam com a cremação?

Para a Igreja Católica, a cremação foi um tabu até metade da década de 60.

O judaísmo o islamismo e o candomblé, defendem a ideia de o “corpo” deve retornar à terra, não aprovando a cremação.

Já para o hinduísmo e o budismo, essa prática é obrigatória. Seguidores dessas religiões acreditam que o fogo induz o sentimento de desapego do espírito, contribuindo para sua passagem ao novo mundo. Para essas pessoas, só assim a alma se purifica e se liberta do corpo.

Os espíritas aceitam a cremação, desde que se aguarde de dois a três dias para efetuá-la. Eles acreditam que esse intervalo seja necessário para que o espírito se desencarne do corpo físico.

  • Quantos Crematórios existem no Brasil?

O Brasil, com 64% da população católica, conta hoje com cerca de 40 crematórios. O primeiro deles foi inaugurado em São Paulo, na década de 70.

E para quem opta pela cremação, o BioParque apresenta uma possibilidade única e reconfortante de destinação das cinzas.

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